quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Concentração e aprendizagem

Concentração e aprendizagem

Publicado . em Maurício Andrés Ribeiro

Por  Maurício Andrés Ribeiro*
A concentração é a capacidade de focalizar a mente num tema ou objeto. É uma habilidade relevante para que se aprenda algo.  Concentrar-se implica em dedicar atenção, não se distrair, dispersar ou divagar.
Para se concentrar é necessária alguma capacidade de isolamento, de abstração, de estar presente inteiramente no agora, sem estar preso ao passado ou preocupado com o futuro. A tranquilidade e serenidade mental e emocional também facilitam a concentração e a aprendizagem. O ambiente silencioso das bibliotecas propicia boas condições ambientais para a concentração; em contraste, a pressa, a agitação e o barulho, bem como a ansiedade e a preocupação a dificultam.  O êxito de atletas, de artistas e cientistas depende em parte de sua habilidade de concentração. O sábio hindu Swami Vivekananda dizia que sem concentração da mente nada pode ser aprendido.
O que fazer para criar um ambiente propício à concentração mental e emocional, facilitador da aprendizagem?

o que nos incomoda, por que nos incomoda? (o paradoxo do criador de problemas)

 

“Tudo que nos irrita nos outros pode nos levar a um maior entendimento de nós mesmos” 

(da obra Memories, Dreams, Reflections, 1963, do psiquiatra suíco Carl Jung - 1875-1961)







o verso 99 do Capítulo 6 (Paciência), de “O Caminho do Bodisatwa“, de Shantideva:

Então, esses que me difamam
E vem destruir meu orgulho
Estão envolvidos em me proteger
De entrar nos reinos infelizes.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Liberdade: rua, manifestações e omissão do Estado

Geral

Liberdade: rua, manifestações e omissão do Estado geram debate

Uso da violência reforça discussão sobre a falência e ausência das instituições públicas

Anonimato ofusca a intenção de engajamento coletivo por uma causa e incendeia as ações marginais                              Aceituno Jr.

A depredação e a exacerbação da violência nas ruas reforça o duplo sentido da falência do poder público, o de gerar revolta por não ser capaz de dar respostas às necessidades básicas da sociedade e o de errar, na origem, na formação dos cidadãos.
A discussão dos limites da liberdade nos movimentos sociais, entre mais de uma vertente teórica, acadêmica ou não, aponta para o ensinamento dos antepassados: A palha só pega fogo se está seca.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Doenças e estresse - Osho

Pergunta a Osho:

"Fico doente com muita facilidade e acho que isso tem relação com o fato de me esforçar demais. Quando isso acontece, não me sinto mais conectado ao meu centro e o corpo adoece."

Resposta:
Todo mundo tem de entender o funcionamento do próprio corpo. Se está tentando fazer algo além do que o seu corpo pode tolerar, mais cedo ou mais tarde ficará doente.

Existe um limite para o que você pode impingir ao corpo, então chega o momento em que ele não aguenta mais. Pode estar trabalhando demais. Para as outras pessoas, pode não parecer que você está trabalhando tanto, mas isso não interessa. O seu corpo não aguenta tanto esforço, você tem de descansar.

Lei anticorrupção em vigor!



Lei anticorrupção traz nova era de responsabilidades a empresários


Nova legislação dá um tratamento mais rígido aos atos ilícitos cometidos na iniciativa privada e prevê até dissolução de empresas



Uma lei que entrou em vigor no dia 29 de janeiro promete mexer onde mais dói para empresários envolvidos em atos de corrupção com o poder público: o bolso. Considerada muito rígida por alguns, a lei 12.846, conhecida como lei anticorrupção empresarial, prevê a responsabilização objetiva de pessoas jurídicas, multa de até R$ 60 milhões e até a dissolução da empresa em caso de reincidência. Para especialistas, o projeto, aprovado em julho do ano passado pelo Senado, deverá inaugurar uma nova era de responsabilidades para o empresariado nacional.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A única mudança possível


O Brasil e a mudança possível
 
publicado no Jornal da Cidade (Bauru) em 21/02/2014

Que diagnóstico a ciência política e a sociologia fariam da realidade brasileira? Estamos melhorando ou piorando? Somos conhecidos, histórica e culturalmente, como a nação do autoritarismo, da roubalheira, do enriquecimento indevido, do parasitismo, da malandragem e do segregacionismo étnico e socioeconômico. Essa herança cultural é irrefutável? Isso tudo pode mudar?


domingo, 16 de fevereiro de 2014

quer mudar o mundo?

excelente conselho para todos os revolucionários, de todos os partidos políticos, de todas as seitas, de todas as instituições, de todos os cantos do mundo...
para todos os que sonham em mudar o mundo, nada mais coerente do que começar por si mesmo, não acha?
por que até hoje o mundo não mudou? talvez porque, em geral, todos estão esperando que "o outro" mude primeiro... achamos que se "o outro" mudar, aí sim, nós teremos as condições prá mudar também...
mal percebemos que o outro é apenas o espelho onde cada um de nós se reflete, se espelha, de modo inconsciente e parcialmente... mas inexoravelmente um reflexo.

silvio mmax.


Cada um, mude apenas a si mesmo



Pergunta a Osho:

É possível tentar mudar o mundo para salvá-lo, sem ser agressivo?

Isso já é agressivo. Até mesmo o esforço de mudar um único indivíduo é agressivo. Quem é você para decidir o que está certo para determinada pessoa? Quem é você para decidir que o mundo, se for mudado segundo as suas ideias, será um lugar melhor? Você está assumindo o papel de um salvador, e essa é uma maneira inconsciente de dominar as pessoas. É para o bem delas próprias, é claro, para que não se rebelem contra você.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Somos escravos do que não conhecemos: o valor da meditação

Logo abaixo, tratamos brevemente sobre "se tornar a testemunha pura“: 
Isso não é uma meta, é um estado percebido, conforme a identificação com estados impermanentes vai diminuindo. 
Nesse breve trecho da entrevista*, fica clara a relevância da prática da meditação enquanto experiência de familiarização com o mundo interno de pensamentos e sentimentos.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

sociedade e liberdade: o perigo do autoconhecimento

lembretes para quem quer se autoconhecer...

Primeiro: conhecer a si mesmo é a coisa mais difícil. Não deveria ser assim. Deveria ser exatamente o oposto — a coisa mais simples. Mas não é — por muitas razões. Tornou-se tão complicado, pois você investiu tanto na auto-ignorância que parece quase impossível retornar, voltar à fonte, encontrar a si mesmo.

o iluminado e o inocente

Nesta palestra, E. Tolle explica algo sobre a distinção entre o estado de consciência do iluminado e o estado de consciência daquele que sequer desenvolveu o ego e que, portanto, não é tampouco prisioneiro da mente. 

Esse tipo de 'tolo' (do tipo Forrest Gump) nos remete a ideia de uma pessoa que desenvolveu muito pouco essa segunda natureza que chamamos ego e que, de certo modo, vive como se ainda estivesse no paraíso. Ele não sente falta da iluminação, porque, de certo modo, vive num estado parecido (em paz e feliz, no presente).

O palestrante também fala da "felicidade por ser ninguém", ou seja, o sentimento que se experimenta quando não se tem a necessidade de "projetar-se", a necessidade que o ego tem de sentir-se "alguém", algo especial... a completa manifestação da simplicidade como dito no célebre livro sagrado chinês "Tao Te King"... 
Muito interessante!! Aconselho que assista!


As ilhas de plástico que poluem os oceanos

O que são as tais "Ilhas de Plástico"?

Publicado em 20 abr 2018

A Grande Porção de Lixo (nome oficial) é uma região do oceano Pacífico em que, devido a dinâmica natural das correntes marítimas, muitos poluentes sólidos tendem a se concentrar.
Dos 1,8 trilhão de objetos contáveis que flutuam ali, 94% são microplásticos – tão pequenos e leves que tornam a água turva, opaca. É um sopão, e não uma ilha no sentido geográfico. Os outros 6% são uma mistura de itens visíveis, com mais de cinco centímetros. Apesar de bem mais esparsos, são esses os que correspondem a boa parte do total de 79 mil toneladas de lixo que compõem a tal "ilha".

A maior parte é constituída de material de pesca (redes são 46% do total, linhas de náilon, armadilhas...), seguido de garrafas, sapatos, patinhos de borracha etc.  Cerca de 20% disso tudo foi parar lá graças ao tsunami de 2011 no Japão, de acordo com estudo publicado em março deste ano. 
O tamanho real dessa mancha de poluição é difícil de estimar, pois ela vai aos poucos se diluindo no trecho de oceano mais limpo do entorno. A estimativa é de que tenha cerca de três vezes o território da França.  
O fato dessa mancha de poluição não ser sólida não mudam as gravíssimas consequências de sua existência para a biodiversidade marinha.

ILHAS DE LIXO NO MUNDO

Nos oceanos, existem ao todo cinco grandes "ilhas de plástico" flutuante que ameaçam boa parte da vida marinha, com efeitos inclusive sobre o clima. Algumas destas manchas de lixo — como a do Pacífico Norte — têm uma superfície como a França, Espanha e Alemanha juntas
Tais ilhas de plástico são o resultado de mais de seis décadas de descargas aos oceanos. Durante todos estes anos, pusemos em circulação 8,3 bilhões de toneladas deste polímero em termos globais, conforme estimativas da Universidade da Califórnia. O mais preocupante é que mais de 70% são agora resíduos que colapsam os depósitos de lixo e os mares do planeta.

COMO SE FORMAM AS ILHAS DE PLÁSTICO DOS OCEANOS?

Estas gigantescas concentrações de lixo estão formadas majoritariamente por microplásticos de menos de cinco milímetros que flutuam no interior das correntes rotativas e ficam presos nestes imensos redemoinhos, agrupados pelas correntes internas. O resultado disso é que as cinco maiores ilhas de plástico do mundo coincidem com os principais vórtices oceânicos: os dois do Pacífico, os dois do Atlântico e o do Índico. Também há ilhas de plástico em outros mares do planeta, como o Mediterrâneo ou o do Caribe, embora sejam muito menores e mais dispersas que as citadas anteriormente.
A primeira destas cinco manchas de lixo — a do Pacífico Norte — foi descoberta em 1997 pelo oceanógrafo norte-americano Charles Moore. Três delas foram encontradas no Atlântico Norte em 2009, no Índico em 2010 e no Pacífico Sul em 2011. Em 2017, confirmou-se a existência da última no Atlântico Sul.

CONSEQUÊNCIAS DAS ILHAS DE PLÁSTICO NO PLANETA

A Organização das Nações Unidas (ONU) está advertindo desde há muito tempo a comunidade internacional sobre os danos causados pelo lixo oceânico na economia e no meio ambiente. Estes resíduos destroem os ecossistemas marinhos ao provocarem a morte de mais de um milhão de animais por ano. Além disso, encarecem em milhares de milhões de dólares a conservação dos oceanos prevista inicialmente pelo Convênio sobre a Diversidade Biológica da ONU.
Da mesma forma, o plástico oceânico compromete a subsistência e a prosperidade de muitas pequenas comunidades que vivem da pesca, prejudica a qualidade do ar, contamina a atmosfera e contribui para o aquecimento global. Neste sentido, pesquisadores da Universidade do Havaí descobriram em 2018 que o polietileno — um dos plásticos descartáveis mais utilizados — emite gases de efeito estufa, como o etileno e o metano, quando se descompõe ao sol.
Organizações como o Greenpeace denunciam que o plástico flutuante significa tão só 15% do total, enquanto 85% permanece escondido debaixo da água, em profundidades de até 11.000 metros ou, inclusive, preso no gelo do Ártico.
O lixo oceânico prolifera de tal forma que até o Fórum Econômico Mundial (WEF) prevê que em 2050 os oceanos poderiam conter mais toneladas de plástico do que de peixes.

COMO ACABAR COM AS ILHAS DE PLÁSTICO?

Acabar com o plástico dos oceanos é uma tarefa tão urgente como difícil de tratar. Apesar de já existirem algumas iniciativas engenhosas em andamento, são projetos que propõem soluções em pequena escala. Estas tentativas são louváveis, mas insuficientes para um problema que, além de tecnologia, requer pesquisa científica, ação política e cooperação internacional, entre outros aspectos.
Porém, está em nossas mãos fazer algo para evitar que a situação piore com práticas simples tais como:
  • Reduzir o consumo de plásticos — reutilize tudo o que puder e recicle sempre, quer seja em contêineres ou em pontos limpos —.
  • Apoie as organizações que trabalham para erradicar o plástico oceânico.
  • Contribua para a divulgação do problema e conscientize as pessoas que vivem perto de você.
  • Participe de jornadas de limpeza em mar aberto e áreas costeiras para a recuperação e reciclagem de resíduos.
  • Alerte as autoridades sempre que você ficar sabendo ou presenciar infrações relacionadas com a gestão dos resíduos plásticos.


Ilha de lixo no oceano Pacífico aumentou 100 vezes de tamanho

Área de 'lixão' no meio do oceano é maior que a de Minas Gerais. Poluentes estão atrapalhando a sobrevivência da vida marinha.

Da AFP

O enorme redemoinho de lixo plástico flutuante do norte do Pacífico aumentou cem vezes nos últimos 40 anos, revelou um artigo que será publicado nesta quarta-feira (9). Cientistas alertam que a "sopa" de microplástico - partículas menores a que cinco milímetros - ameaça alterar o ecossistema marinho.