segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Você é seu corpo?

Interessante reflexão de F. Siqueira. À parte disto, temos também o velho e já superado dualismo corpo-mente. Sabemos que um não existe independente do outro. Há uma relação intrínseca entre ambos. Um refletirá sempre  o que estiver sucedendo ao outro. Também sabemos que um não é mais importante que o outro. O menosprezo de um deles na tentativa de valorizar o outro sempre acaba nos conduzindo ao desequilíbrio e, consequentemente, ao sofrimento (tanto físico como psíquico).
Porém, há também que se distinguir o complexo corpo-mente daquilo que poderíamos denominar 'consciência'. A confusão que se faz de um com o outro não é rara. Tal confusão ocorre porque não temos autoconhecimento. Nossas escolas não ensinam autoconhecimento. Isso faz uma tremenda falta para o ser humano.

Abaixo segue a interessante reflexão (com tradução para o Esperanto):



Há diferença entre você e seu corpo?

Você não é o corpo. Nem a imagem que vê no espelho. Nem o pensamento que movimenta o corpo. Você é a consciência por trás do pensamento. A energia que sustenta o esqueleto. A realidade é reflexo disso e se expressa em imagens, em situações, em experiência, o que lhe habita. O significado da vida é a soma dos pequenos significados que você dá (ou deixa de dar) no dia que chamamos de hoje.

(Flávio Siqueira)


tradução para a Língua Internacional Esperanto:
Vi ne estas la korpo, nek la bildo reflektita sur la spegulo, nek la penso kiu movas la korpon. Vi estas la konscio malantaŭ la penso, la energio kiu subtenas la skeleton. La realo estas reflekto de tiu kaj estas esprimita en bildoj, en situacioj, en sperto... la realo mem devenas el interne, ĝi loĝas interne. La signifo de la vivo estas la sumo de malgrandaj signifoj ke vi donas (aŭ ne donas), en la tago kiu ni nomiĝas “hodiaŭ”.

Tribo resgata amostras de sangue


Tribo Yanomami resgata amostras de sangue recolhidas pelos EUA

Ariane Póvoa

abril/2015

Após mais de 40 anos, índios Yanomami conseguiram que o sangue colhido de seus ancestrais por cientistas norte-americanos, retornasse ao Brasil. As amostras foram colhidas sem autorização no fim da década de 60.
A repatriação aconteceu depois de diversas negociações entre o MPF - Ministério Público Federal - e a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Uma cerimônia fúnebre foi realizada na aldeia de Piaú, na região de Tootobi, em Roraima, no começo do mês. Cerca de 2.700 frascos com sangue de índios Yanomami foram derramados e enterrados. Na cultura da etnia, as amostras são restos mortais que precisam seguir rituais para trazer paz e descanso aos ancestrais Yanomamis.
De acordo com o Ministério Público, o material chegou ao Brasil no dia 26 de março. A Sub-Procuradora da República, Deborah Duprat, responsável pela temática indígena no MPF, disse que a repatriação tem valor histórico. Ela afirma que se surpreendeu com a cerimônia:"Eu confesso que nunca vi nada tão tocante. O início da cerimônia, ele foi reservado. Nós não pudemos assistir - os não indígenas - e nós escutávamos ao longe os gritos, os lamentos, os choros, aquele sentimento de dor. Depois, quando nós tivemos acesso, havia uma ritualística ali entre os pajés, que era alguma coisa deles estarem conversando com os mortos, e pedindo autorização para a realização do funeral naquelas circunstâncias".
A advogada do Instituto Socioambiental, Ana Paula Souto Maior, disse que a repatriação destaca a importância da consulta aos povos indígenas sobre questões que os afetem diretamente: "Essa repatriação tem uma força simbólica muito grande, no sentido de trazer para a atualidade a questão da consulta aos povos indígenas, às comunidades indígenas que podem ser afetadas por alguma medida que diga respeito à vida deles. É necessário saber o ato, qual a consequência do ato que está sendo realizado."
A reportagem não conseguiu localizar uma liderança indígena que tenha participado do evento, mas o indígena Ancelmo Yanomami falou da importância da volta do sangue de seus ancestrais: "É um respeito, né, que as autoridades do mundo tiveram com nós, os Yanomami, de devolver esse sangue, que maioria desses pessoas que deram seu sangue - sem saber porquê - já morreram; então pra nós é importante ter devolvido .E isso para nós é um pouco de respeito com os Yanomami."
Os trabalhos para a repatriação começaram em 2002, quando as lideranças Yanomami procuraram o MPF e relataram o caso.


Fonte: Radioagência Nacional/EBC - http://radioagencianacional.ebc.com.br


http://radioagencianacional.ebc.com.br/geral/audio/2015-04/tribo-yanomami-resgata-amostras-de-sangue-de-ancestrais

ouro roubado dos índios... em 1500?? ...não!! hoje!!

Operação Eldorado (2012): Mato Grosso, divisa c/ o Pará*

Sua mãe usa ouro roubado de índios?

maio/2015

Autor: SERVA, Leão

Fonte: FSP, Cotidiano, p. B2


O combate ao garimpo ilegal em áreas indígenas só será efetivo quando toda a sociedade colaborar

Leão Serva

Você provavelmente não ficou sabendo que a Polícia Federal deflagrou na semana passada uma das maiores operações já realizadas contra o garimpo ilegal na Terra Ianomâmi. Não é sua culpa: são realmente tabu na imprensa brasileira as notícias sobre o calvário que sofre o maior grupo indígena com pouco contato do planeta.
A ação teve 313 mandados judiciais contra acusados de formar um esquema criminoso que inclui empresários, funcionários públicos, donos de garimpos, joalheiros e pilotos de aviões. Segundo levantamento do órgão, a mineração tira da área no extremo norte do país (Roraima e Amazonas) duas toneladas de ouro por ano, ao preço estimado de R$ 200 milhões.
A cobertura nula ou discretíssima impediu que a opinião pública se desse conta de uma coincidência macabra: enquanto os policiais prendiam joalheiros por receptação de ouro ilegal na Amazônia, no resto do país, pessoas com dinheiro davam joias a suas mães.
Você comprou joias de ouro nos últimos anos? Ou talvez, para se proteger da inflação, comprou papéis vinculados a reservas de ouro, emitidos por uma Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs) como as que atuam na BMF/Bovespa? Pediu alguma garantia de que o metal precioso não foi retirado ilegalmente de área indígena, onde a extração causa mortes de índios?
Todo garimpo em áreas indígenas é ilegal. Ele destrói patrimônio dos brasileiros, terras da União ocupadas por esses grupos para preservar o ambiente. Os índios cumprem sua missão constitucional: fotos de satélite das florestas brasileiras mostram que os parques indígenas estão entre as (poucas) áreas bem preservadas.
Nos últimos anos, as operações da PF denominadas Xawara (2012, em Roraima) e Eldorado (mesmo ano, no Pará e em Mato Grosso) indicaram que um dos destinos finais do ouro são corretoras de títulos: ou seja, o metal também serve como investimento seguro e moderno contra desvalorização da moeda.
A mineração ilegal que alimentou guerras civis e genocídios na África levou à criação de dois convênios internacionais para controle do comércio mundial de ouro e diamantes. O Certificado Kimberley é exigido de quem vende diamantes, para provar que as pedras não vieram de áreas conflagradas. O Padrão Ouro Livre de Conflitos é adotado para o metal.
O Brasil é um produtor de diamantes e ouro, mas o controle da atividade ilegal é pífio: como costuma acontecer com a fiscalização no país, ora é ineficiente, ora corrupta, ou simplesmente não é prioritária. E os dois protocolos internacionais não consideram "zonas de conflito" as áreas indígenas latino-americanas ameaçadas pela mineração.
O Brasil só vai abalar a produção ilegal de ouro e diamantes de áreas indígenas quando a cidadania se preocupar e exigir que os comerciantes tenham uma cadeia de produção limpa de sangue. Como aconteceu com a carne, quando entidades da sociedade civil propuseram um boicote aos açougues que não provassem que seu gado não vinha de áreas de preservação da Amazônia. Rapidamente, os grandes supermercados se submeteram à restrição.
Enquanto isso não acontecer com a mineração, vamos ver índios morrendo de fome e malária enquanto a PF enxuga gelo em repetidas operações de combate ao garimpo, todas inócuas no longo prazo.

FSP, 11/05/2015, Cotidiano, p. B2

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/218839-sua-mae-usa-ouro-roubado-de-indios.shtml
http://pib.socioambiental.org/en/noticias?id=150683&id_pov=317



* legenda da foto:
Operação Eldorado (2012), combate a extração ilegal de ouro no Norte de Mato Grosso, em garimpos e áreas indígenas na divisa de Mato Grosso com o Pará. resultado: 17 pessoas foram presas, 28 mandados de prisão temporária e mais 64 de busca e apreensão expedidos; apreensão de 23 quilos de ouro, além de dinheiro, em reais e em várias moedas estrangeiras. 




outra notícia, no mesmo mês:

Operação da PF investiga extração ilegal de ouro em reserva indígena

07/05/2015

Fonte: OESP - http://politica.estadao.com.br/noticias



Operação da PF investiga extração ilegal de ouro em reserva indígena
Esquema em terras Yanomami, em Roraima, faturava R$ 17 milhões por mês e envolve empresários e funcionários públicos

domingo, 20 de setembro de 2015

a diferença entre o "chefe" e o "líder"


Esta frase eu não sei de quem é... simples, mas de conteúdo profundamente significativo para muitos, tenho certeza. 
O comportamento e a visão de mundo de um líder muito se diferencia daquele típico de um simples chefe. 
O chefe possui meros subordinados, é obedecido porque é temido; o líder possui admiradores, comanda pela adesão consciente de seus liderados, que não são meramente "chefiados", mas inspirados pelo seu líder. 
O líder, portanto, é obedecido porque é admirado e respeitado, diferentemente de um simples chefe, que pode ser sim diariamente obedecido, mas comumente apenas suportado.
Muito poder-se-ia teorizar sobre "qualidades de um bom chefe" e sobre qualidades de um "bom líder". Mas proponho um outro exercício: que cada um faça breve análise e reconheça nominalmente quais líderes realmente já conheceu em sua vida, seja pelos ensinamentos ou simplesmente pelos exemplos que deixou. 
E complementarmente, pergunte-se: você já foi líder ou apenas chefe de alguém?
Pronto?! Já fez a sua lista? Eu já tenho a minha e é extensa (embora bem menor do que a lista dos chefes que já conheci).
Há líderes políticos, religiosos, familiares, filosóficos, sociais... enfim! Eles estão aí! Nunca morrerão, não é verdade? Eles nunca deixarão de viver em nossos corações e mentes... Marcaram nossas almas! e muitas vezes nos avivaram nosso entusiasmo, inspiração e motivação quase adormecidos. Líderes que passaram em nossas vidas, disfarçados de pais, mães, irmãos, tios, professores, colegas de trabalho, religiosos...
A esses líderes, nossa homenagem, nossa gratidão, nosso amor e nosso pedido de perdão pelas ocasiões em que fomos indignos de estarmos sob suas lideranças!



sábado, 12 de setembro de 2015

primeiro júri composto só por indígenas


Crimes em territórios indígenas geralmente são deliberados pelas próprias lideranças locais (sem passar pela Justiça brasileira). 
As punições variam de expulsão da aldeia a trabalhos comunitários ou proibição de participar de eventos. Essas penas, contudo, podem ser reconhecidas como legítimas se chegarem à Justiça. 
Desta vez, fugindo à regra, os acusados responderam com base na legislação penal do Brasil, ou seja, um júri popular integrado só por indígenas, julgou dois réus macuxis, acusados de tentativa de homicídio. 
O corpo de jurados (composto por 30 índios de quatro etnias) foi a base para o sorteio de sete pessoas, que efetivamente participaram da sessão do júri.
Este caso concreto envolveu um tabu nas comunidades: a entidade maligna Canaimé

A antropóloga Lêda Martins explica:  
"Quando você mata um Canaimé, não vai a julgamento, porque está livrando a comunidade de um mal (...) mas dessa vez, "não será uma questão de consenso, como estão acostumados". 
Isso pode gerar conflito entre as lideranças indígenas, pois a palavra final será dada por um branco.
O presente caso, contudo, ocorreu em área urbana, no município de Uiramutã, no interior da Reserva Raposa Serra do Sol. 
O próprio juiz Aluizio Ferreira, que conduziu este júri, já se absteve de sentenciar um outro índio acusado de homicídio sob, o argumento de que ele havia sido punido pelos pares. 





Júri indígena em Roraima absolve réu de tentativa de homicídio

Debaixo das 18 mil palhas de buriti do Malocão da Homologação, no interior da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, o primeiro júri popular indígena do Brasil absolveu um réu acusado de tentativa de homicídio e condenou o outro réu do processo por lesão corporal leve. Os dois, que são irmãos e indígenas, foram acusados de atacar um terceiro índio. O julgamento, que durou mais de 13 horas, ocorreu no dia 23/04/2015 e teve a presença de cerca de 200 pessoas, conforme estimativa da Polícia Militar. O Ministério Público de Roraima (MPRR) informou que vai recorrer da decisão.

disputa por terra indígena em SP

STF cancela reintegração de posse de aldeia indígena em SP

Raquel Brandão | 
Estadão Conteúdo – maio de 2015
Dois meses depois da liminar da Justiça Federal que pedia a reintegração de posse imediata da área da Tekoa Itakupe (em guarani mbya, itakupe significa atrás da pedra, em referência ao Pico do Jaraguá), o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, decidiu nesta sexta-feira, 15, pela suspensão da medida. Antes da decisão, os índios guarani que vivem na Terra Indígena (TI) do Jaraguá, assim declarada pela Funai, teriam de desocupar o terreno a partir do dia 25, como ficou decidido após uma reunião entre a Polícia Militar e Antônio Tito Costa, que reclama a propriedade das terras.
"Entendo prudente que a decisão judicial objeto desta suspensão seja provisoriamente suspensa, neste momento, para que o juízo da 10ª Vara Federal em São Paulo promova uma tentativa de conciliação entre as partes ou, então, justifique eventual impossibilidade de levá-la a efeito", publicou Lewandowski.
Apesar da reintegração ter sido suspensa, a ação judicial movida por Antonio Tito Costa em 2005 ainda deve ser sentenciada.
Disputa na Justiça
Em março deste ano, a Justiça Federal determinou a reintegração imediata do terreno. A determinação veio depois de um agravo solicitado pelo advogado Antônio Tito Costa, que foi deputado federal e prefeito de São Bernardo entre 1970 e 1990. A disputa pelo território está na Justiça desde 2005, quando os indígenas ocuparam pela primeira vez o espaço. "Nós ficamos seis meses aqui, mas naquela época não tínhamos apoio", explica o cacique Ari Augusto Martim.
Em 24 de abril de 2013, o despacho nº 544 da então presidente da Funai, Marta Maria do Amaral Azevedo, delimitou a TI do Jaraguá: um território de 532 hectares que se expande pela aldeia Tekoa Ytu, já demarcada, por sítios da região, incluindo o terreno reclamado por Tito Costa e, também, por uma área do Parque Estadual do Jaraguá.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

se você precisa...


Qual é a sua vocação?

Vocação
(Flávio Siqueira)

Acredito que vocação se vincula ao que posso repartir. Seja lá o que for. Por isso não vejo vocação como algo ligado necessariamente à habilidades técnicas ou profissionais, mas, sobretudo ao que sou e posso ser para você e para o mundo. 
Se isso se vincula ao que faço profissionalmente ótimo, mas, antes de qualquer coisa, vejo vocação como doação, não produto de commodities. É ser, não é fazer. 
O resto, como sempre, será apenas consequência.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Por que existe fofoca?

Por que será que fofocamos?

Por que você quer saber dos outros? 
Por que este extraordinário interesse nos outros? 
Não é uma fuga, realmente, este desejo de descobrir o que os outros estão pensando e sentindo e falar a respeito? Isto não nos oferece uma fuga de nós mesmos?

 Não existe aí também o desejo de interferir na vida dos outros? 

Nossa própria vida não é suficientemente difícil, suficientemente complexa, suficientemente dolorosa, sem lidar com os outros, interferir com os outros? 
Há tempo para pensar nos outros desta maneira fofoqueira, cruel, feia? 
Por que fazemos isto? 
Você sabe, todo mundo faz. Praticamente todo mundo faz fofoca sobre alguém. Por quê?

 Eu penso, primeiro de tudo, fofocamos sobre os outros porque não estamos suficientemente interessados no processo de nosso próprio pensar e de nossa própria ação. É uma mente extraordinariamente estúpida que quer excitação, e sai dela mesma para conseguir. Em outras palavras, fofocar é uma forma de sensação, não é? – à qual nos permitimos. 

Pode ser um tipo diferente de sensação, mas existe sempre este desejo de encontrar excitação, distração. 
Se a pessoa entra de fato profundamente nesta questão, volta para si mesma, o que mostra que a pessoa é realmente extraordinariamente superficial e busca excitação do lado de fora falando dos outros. 
Pegue a si mesmo da próxima vez em que estiver fofocando sobre alguém; se você estiver atento, isto lhe indicará um pedaço terrível de você mesmo.

 Krishnamurti to Himself, California, 1983. 

quando tudo parece estar contra você...

"quando tudo parece estar contra você...
lembre-se que o avião decola contra o vento, não com a ajuda dele"

Então, por que despendemos tanta energia reclamando?

reclamamos porque queremos sossego para conquistar o que desejamos sem que nada, nem ninguém nos incomode ou atrapalhe...
Em nós há prioridades... Dentre essas prioridades, estão nossos anseios, desejos, ambições, cobiças, gulas, luxúrias, centenas de sonhos. E quando algo não sai de acordo com nosso projeto, quando algo parece contrariar nossos sonhos, nosso ego se incomoda e protesta...
É importante refletir: por que surgem obstáculos? qual a função deles? o que eles nos ensinam?

somos a própria vida se manifestando ...





Nós somos profundamente enganados por nós mesmos. Nós acreditamos na nossa identidade, no nosso corpo e nossa mente como separados de todo o resto. Nós não conseguimos perceber que a vida é só uma e que somos manifestações da vida. Nós não percebemos que nós e todos os seres pertencemos à mesma vida, que nós e a humanidade somos um (...). 

Acreditamos no nosso “eu”