quinta-feira, 20 de outubro de 2016

pingos de reflexão





Pingos de reflexão

dias, horas, anos, o que são?
são apenas isso: dias, horas e anos...
cada um lhes atribui seus próprios significados.
A tudo que nos rodeia, no tempo e no espaço, damos sentido.

não há dias ruins... nem os há bons...
NÓS, e somente nós, 
os entendemos bons... os sentimos ruins...
objetos, datas, pessoas, em símbolos tornamos...


e por fim confundimos:
pessoas com objetos,
fatos com utopias,
símbolos com pessoas.


enquanto isso, cada coisa ou pessoa
continuou sendo 
aquilo que era e que é, 
que sempre foi.


Mas queremos entendê-la: a “coisa”
a “pessoa”, a “ideia”
o “símbolo”
o “ser”...

E com a mente pensante,
a tudo complicamos, 
rotulamos, julgamos, 
mastigamos...

A pergunta mais relevante, 
do homem para o homem, 
talvez continue sendo, 
como o grego já queria: “quem somos?”

Sendo o humano, a medida de todas as coisas
ou sendo ele, medida de coisa alguma,
afinal, o que/quem somos?  

mutável em aparência, 
imutável em essência... 
ambulante e pensante...
contradição.

Heráclito e Parmênides... por que azucrinar nossas cabeças pensantes?
Ideias... tão barulhentas... zunindo nos ouvidos...
humano imutável em seu ser, 
é "devir" em seu aparecer.

Qual sentido tem o mutável 
se no fim só resta o sempre imutável?
Eis o labirinto da mente: a questão da existência numa mão
e o "fio de Ariadne" na outra...

e até hoje Minotauros devoram egos pensantes,
mastigam pensamentos inúteis,
babam emoções e esperanças vãs,

não há Teseu que os salve!
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário